terça-feira, 13 de setembro de 2011

É fácil falar!

É tão fácil falar!
É tão fácil dizer que tudo vai ficar bem. É tão fácil dar conselhos. O difícil é mesmo cumprir o que se diz.
É fácil falar dizer a outra pessoa que ele não merece, que ele é que perdeu e que chorar não vai servir de nada... Que não vale a pena pensar nele.
Mas é irónico, pelo menos comigo. Porque tudo vai dar a ti. Todos os textos, todos os pensamentos, todas as lágrimas e todos os sorrisos.
Voltaste de repente à minha vida, e eu aceitei-te. Voltaste como algo mais do que um amigo... E eu não me importei, mas também não retribui o sentimento. Até ao dia em que eu fiquei sem forças para me continuar a conter... E caí, como todos os fracos.
Deixei-me levar, e não vou negar, foi lindo. Mas acabou por correr mal, como sempre, acabei por sair magoada... Acabei por chorar por ti, novamente.
E eu pensava que já não gostava de ti... Mas agora a forma como voltámos a estar distantes... Magoa-me. Magoa-me pensar na forma como nos falávamos e já não falamos. Magoa-me pensar nos olhares que existiam e agora não.
Isso era-me essencial e era algo que eu tinha tomado como garantido, mas que nunca foi...
E agora apercebo-me de que isso me faz falta.

Pra quê?

Pra quê termos confiar?
Pra quê termos expectativas? Se toda a gente mente, se toda a gente esconde, se toda a gente tem segundas intenções (?)
Pra quê?! Pra sair desiludida? Pra sair magoada?
A confiança é a coisa mais difícil de se recuperar, porque uma vez quebrada e nunca mais volta a ser a mesma.
E tu já me desiludiste tantas vezes... Já sofri tanto, mas tanto por ti! E pensei que se o tempo que estive afastada de ti me ajudasse a passar esta fase, a dar-te menos valor... Mas não! Pelos vistos continuo igual! E tu também. Quando disseste que gostavas de mim... Pareceu tão verdadeiro... Mas aprendi que as pessoas não mudam assim. Elas apenas escondem o seu verdadeiro 'eu' durante algum tempo, e quando já não aguentam esconder mais voltam a ser elas próprias.
E agora sinto-me estúpida! Será que o que disseste foi verdadeiro? Ou foi só por conveniência?
Sei que vais dizer-me que não estavas em ti, que não eras tu a agir... Sim, mas o que é que isso vai alterar?! O que sinto? Não. A minha desilusão? Muito menos.
Dei tudo por tudo para voltar a confiar em ti...
Juro que pensei que estavas mudado. Que tinhas deixado de ser o mesmo irresponsável, que tinhas crescido. Pensei que soubesses que quando fazes asneira já não és só tu que sais magoado, são todos os que estão à tua volta.

sábado, 30 de abril de 2011

viiver é fácil. é aceitar o inaceitável, perdoar o imperdoável, e esquecer o inesquecível. a primeira coisa de que me apercebi foi a falta de ar, o corpo a tremer, e as lágrimas a turvarem a visão.
o primeiro sentimento é a revolta,o desgosto, o sentimento de não ser suficientemente bom para ninguém.
tu foste aquele que eu desejei mais que todos. tu foste aquele que eu quis mais que todos. tu foste aquele que eu apoiei mais que todos. tu foste aquele que eu AMEI mais que todos. foste também aquele por quem eu sofri mais que todos.
eras aquele que comandava, que para onde tu mandasses, eu ia. aquele que o que tu dissesses, eu concordaria. aquele que me rebaixava, e eu perdoaria.
sim, foste também aquele que me elogiou, e eu agradecia.
eu queria -te tanto, queria -te só para mim. ansiava os dias em que poderíamos estar juntos. contava as horas, que demoravam a passar, até podermos falar.
sonhava contigo, pensava em ti, falava de ti. foste o dono do meu coração. demasiado tempo de ignorância. todas as coisas más que me dizias, e me davam vontade de chorar, eu reprimia. guardava para mim ; prometendo perdoar, mas nunca esquecer. foram tantas tantas tantas as situações desagradáveis que me fizeste passar, mas mesmo assim as engoli todas, nunca guardei remorsos, nunca senti raiva, porque os únicos sentimentos que nutria por tii eram amor, carinho e orgulho.
definia -te como sendo perfeito, aquele que nunca me deixaria. no ínicio, sempre fiz para não me iludir, pois não podia ser real, um rapaz como tu para uma rapariga como eu.
cada vez que me dizias olá, e mantias uma conversa comigo, eu ficava louca de felicidade, extasiada. recentemente, sempre que me dizes olá, tenho medo que me vás magoar, com alguma má notícia, algo que não queira saber, porque me vai deixar a chorar, o que frequentemente acontece. depois disso pedes desculpa, que não fora tua intençao magoar - me, e claro que eu desculpava ; mas por dentro ia morrendo, um bocadinho de cada vez, uma morte lenta e dolorosa. muitas vezes me apeteceu desistir de tudo, matar- me, mas depois dizias qualquer coisa que fazia o meu dia, e iluminava o meu coração. a seguir ? claro, a seguir despedaçavas -o com a maior das facilidades. eu dizia que estava tudo bem.
eu amava -te, ee esse é das única razões que me levaram a desculpar todas as facadas no coração.
sentia -me como num dia de tempestade ... eu até te podia dizer que tudo isso já passou e já não o sinto, mas é mentira. amo -te com todas as minhas forças, independentemente do que faças, mas isso vai mudar, sabes porquê ? porque eu QUERO. nunca desejei amar -te, sempre lutei com unhas e dentes para não me apaixonar por ti, mas foi inveitável. e a partir do momento em que admiti isso para mim própria, foi impossível fazer o sentimento parar. por alguns tezmpos senti -me correspondida, e foram os melhores dias da minha vida. mas a maior dor que pode haver é ter esperanças, e de seguida as arrancarem como quem arranca ervas daninhas. e ainda pior, foi sentir o sorriso que transparecia na tua voz, como se não percebesses que estava a morrer.
a dor consumia -me por dentro e por fora, mas uma das lições da vida, é saber esconder os
sentimentos. e essa é uma das minhas maiores características, e sabes o que acontecia todas as noites ? acordava, sem fôlego, a chorar. e ficava assim, até dizeres que estava tudo bem. sempre te apoiei, sempre agi mais com a cabeça do que com o coração, porque sempre te quis mais bem a ti, do que a mim. não suportava que estivesses mal.
agora pergunta -me se valeu a pena, a minha resposta vai ser "dificilmente" porque podias dar -me as maiores alegrias, mas davas também as maiores dores.
pergunta -me se alguma vez te vou esquecer, a minha resposta vai ser " não, nunca" porque tudo o que passámos foi único, tanto pela positiva, como pela negativa.
agora pergunta -me se vou deixar que isso interfira mais na minha vida, a minha resposta vai ser " não ! " porque custou a aprender, mas por fim, cheguei lá : já chega.